Mesmo com estabilidade nas refinarias, consumidor não sente alívio nas bombas. Entenda os motivos.
Você já se perguntou por que o preço da gasolina continua alto, mesmo quando o valor do petróleo recua? A resposta está em uma combinação de fatores que vão além das refinarias. Custos logísticos, inflação e o etanol anidro, essencial na mistura da gasolina, têm desempenhado um papel crucial nessa equação.
Estabilidade nas refinarias, mas não nas bombas
Nas últimas semanas, o preço da gasolina não apresentou reduções significativas nas refinarias brasileiras. Mesmo assim, o consumidor final continua pagando caro pelo litro do combustível. Segundo especialistas do setor, isso se deve à dificuldade de repasse da redução para os postos, uma vez que os custos operacionais continuam subindo.
Etanol anidro: o peso invisível na composição da gasolina
A gasolina comercializada no Brasil contém cerca de 27% de etanol anidro. Com o avanço da entressafra da cana-de-açúcar, o preço desse insumo subiu, impactando diretamente o valor da gasolina. Ou seja, mesmo que a gasolina pura esteja mais barata, o custo do etanol tem puxado os preços para cima.
Inflação e despesas operacionais aumentam pressão
Além do etanol, a inflação geral da economia tem afetado todos os setores, incluindo o de combustíveis. Postos enfrentam aumento em despesas como energia elétrica, transporte, salários e manutenção, o que limita a margem de manobra para reduzir os preços ao consumidor.
E agora? O que esperar dos preços nos próximos meses
A tendência é de que o cenário permaneça instável, especialmente enquanto a produção de etanol estiver comprometida e os custos logísticos seguirem elevados. Especialistas pedem mais atenção do governo a políticas de incentivo e redução de tributos sobre a cadeia de combustíveis.


